ATA DA VIGÉSIMA SEGUNDA SESSÃO SOLENE DA SEGUNDA SESSÃO LEGISLATIVA ORDINÁRIA DA DÉCIMA SEGUNDA LEGISLATURA, EM 09.06.1998.

 


Aos nove dias do mês de junho do ano de mil novecentos e noventa e oito reuniu-se, no Plenário Otávio Rocha do Palácio Aloísio Filho, a Câmara Municipal de Porto Alegre. Às vinte horas e oito minutos, constatada a existência de “quorum”, o Senhor Presidente declarou abertos os trabalhos da presente Sessão, destinada a homenagear o Dia do Pastor, nos termos do Requerimento nº 89/98 (Processo nº 977/98), de autoria do Vereador Eliseu Sabino. Compuseram a MESA: os Vereadores Eliseu Sabino e João Carlos Nedel; o Vereador Adeli Sell, representando o Prefeito Municipal de Porto Alegre; o Major Wagner Tadeu dos Santos Gaby, representando o Comando Militar do Sul; o Major Péricles Brasil Alvarez, representando o Comando Geral da Brigada Militar; o Pastor Jesuel Garcia Cavalcante, representando a Igreja Assembléia de Deus de Madureira; os Pastores Theodoro Fogaça e Neri Cabral, representando a Igreja Evangélica Assembléia de Deus de Porto Alegre; o  Pastor Moisés Paz, representando o Deputado Estadual Edemar Vargas; o Senhor  Daniel Silva, representando o Deputado Estadual Eliseu Santos. Ainda, foram registradas as presenças dos Pastores Amadeu Rocha, Daniel, Paulo, Castro, Sadi, Flávio, Ademir, Antão, Bayar, Nascimento, Capeleti, Ernani, Alexandre, Davi, Ademar Peroti, Carlito, Cecílio, Romário, Lair,  Ari, Luiz Alexandre, Jardelini, Jardelino Alves e Enor Francisco Costa. Também, foi registrado o recebimento de correspondência alusiva à presente solenidade, de autoria do Pastor David Graef. A seguir, o Senhor Presidente convidou a todos  para, em pé, ouvirem à execução do Hino Nacional e, após, concedeu a palavra aos Vereadores que falariam em nome da Casa. O Vereador Eliseu Sabino, em nome das Bancadas do PTB, PDT, PSDB, PMDB, PSB, PFL e PPS, declarou sua satisfação por participar da presente solenidade, como Pastor e como representante da Cidade de Porto Alegre, registrando sua homenagem especial ao Pastor Nils Taranger, Presidente da Igreja Evangélica Assembléia de Deus de Porto Alegre. O Vereador João Carlos Nedel, em nome da Bancada do PPB, procedeu à leitura do versículo 34 do Capítulo 6 do Evangelho Segundo São Marcos, analisando o significado e a abrangência do trabalho realizado pelo Pastor, como fonte de auxílio espiritual e de solidariedade humana. O Vereador Adeli Sell, em nome da Bancada do PT e como representante do Prefeito Municipal de Porto Alegre, saudou o Dia do Pastor, relembrando passagens bíblicas relativas à ética, ao comportamento moral e ao exemplo que deve representar a vida do Pastor frente a toda a sociedade. A seguir, foi ouvido número musical interpretado pelo Artista Luiz Henrique. Em continuidade, o Senhor Presidente concedeu a palavra aos Pastores Theodoro Fogaça e Jesuel Garcia Cavalcante, que agradeceram a homenagem prestada pela Casa. Também, o Senhor Presidente concedeu a palavra ao Major Wagner Tadeu dos Santos Gaby, que discorreu sobre a importância da atividade do Pastor e do significado do registro, por este Legislativo, do transcurso do Dia do Pastor. A seguir, o Senhor Presidente concedeu a palavra ao Pastor Neri Cabral, que fez uma prece invocando a benção divina para esta Casa legislativa. Após, o Senhor Presidente convidou os presentes para, em pé, ouvirem à execução do Hino Riograndense, agradeceu a presença de todos e, nada mais havendo a tratar, declarou encerrados os trabalhos às vinte e uma horas e vinte e cinco minutos, convocando os Senhores Vereadores para a Sessão Ordinária de amanhã, à hora regimental. Os trabalhos foram presididos pelos Vereadores Eliseu Sabino e João Carlos Nedel, nos termos do artigo 27 do Regimento, e secretariados pelos Vereadores Eliseu Sabino e João Carlos Nedel, Secretários “ad hoc”. Do que eu, Eliseu Sabino, Secretário “ad hoc”, determinei fosse lavrada a presente Ata que, após distribuída em avulsos e aprovada, será assinada pelos Senhores 1º Secretário e Presidente.

 

 


O SR. PRESIDENTE (Eliseu Sabino): Estão abertos os trabalhos da presente Sessão Solene, destinada a homenagear o Dia do Pastor. Convidamos para compor a Mesa o representante do Prefeito Municipal de Porto Alegre, Ver. Adeli Sell; representante do Comando Militar do Sul, Major Wagner Tadeu dos Santos Gaby; representante do Comando-Geral da Brigada Militar, Major Péricles Brasil Alvarez; representante da Igreja Assembléia de Deus de Madureira, Pastor Jesuel Garcia Cavalcante, representantes da Igreja Evangélica Assembléia de Deus de Porto Alegre, Pastor Theodoro Fogaça e Pastor Neri Cabral; representante do Deputado Estadual Edemar Vargas, Pastor Moisés Paz; representante do Dep. Estadual Eliseu Santos, Sr. Daniel Silva.

Nesta oportunidade, sentimo-nos honrados com a presença dos mais diversos Pastores, convidados especialmente para esta solenidade que visa, especificamente, a homenagear o Pastor. Manifestamos a todos os presentes que o Dia do Pastor, por iniciativa deste Vereador, não é apenas comemorado, ou somente comemorado nas nossas Igrejas, mas também, anualmente, é comemorado neste Legislativo Municipal. Esta data se tornou oficial no ano que passou através de um Projeto aprovado nesta Casa. Dia 10 de junho, existem algumas controvérsias com relação a esta data, mas fizemos uma pesquisa e a maioria das denominações evangélicas denominam esta data, dia 10 de junho, como a do Dia do Pastor. Esta Casa, enquanto aqui estivermos, estará homenageando o Pastor nesse dia. Por conveniência, estamos comemorando no dia de hoje, dia 9 de junho. Convido a todos para que, em pé, ouçamos o Hino Nacional.

 

(Executa-se o Hino Nacional.)

 

O SR. PRESIDENTE:  Solicito ao Ver. João Carlos Nedel que assuma a presidência para que este Vereador possa ocupar a tribuna.

 

O SR. PRESIDENTE (João Carlos Nedel):  O  Ver.  Eliseu Sabino  está com  a palavra como proponente desta homenagem:

 

O SR. ELISEU SABINO: Sr. Presidente e Srs. Vereadores. (Saúda os componentes da Mesa e demais presentes.) Neste momento estamos representando a Bancada do PTB, Partido ao qual sou filiado. Também estamos falando em nome das Bancadas: do PDT, PSDB, PSB, PMDB, PFL, PPS.

Para mim é uma alegria muito grande poder estar aqui, nesta oportunidade, trazendo a todos os senhores uma palavra. Primeiro, porque me apresento como Pastor, como servo de Deus, manifestando essa realidade, em primeiro lugar. E, em segundo lugar, como Vereador desta Casa, por uma indicação de nossa comunidade e das pessoas que nos conhecem.

Hoje prestamos uma homenagem especial, para todos nós, de certa forma, de significativa importância para a sociedade brasileira e, especialmente, para o Rio Grande do Sul. Trata-se de uma pessoa que não mede esforços para o cumprimento de suas tarefas não olhando a quem, mas sim no objetivo de uma melhora no aspecto espiritual,  no material e nas necessidades daquelas pessoas que lhe cercam. Refiro-me  ao Pastor Nils Taranger, Presidente da Igreja Evangélica Assembléia de Deus de Porto Alegre, que não se encontra presente neste Plenário. É uma pessoa que, ao longo dos 43 anos vividos em nossa Cidade,  tem prestado um atendimento espiritual à comunidade  de uma maneira humilde e de dedicação exclusiva doando-se, completamente, ao serviço de Deus.

No entanto, nesta noite, estamos aqui com representantes das mais diversas denominações e lamentamos muito a ausência de nosso Pastor Presidente Nils Taranger, pois é do conhecimento de todos o seu estado de saúde, e é certo, tenho plena convicção, de que, se o nosso Pastor estivesse em sua condição de saúde perfeita, ele estaria, aqui, conosco, pois nunca deixou de comparecer a uma solenidade desta Casa. Portanto, fica o nosso registro. Mas confiamos plenamente na graça e no poder de Deus,  que vai restabelecer, segundo seus propósitos, a recuperação a este que consideramos o Pastor modelo do Estado do Rio Grande do Sul, do Brasil e do Mundo. Pastor Nils Taranger, a nossa sincera homenagem nesta oportunidade. Certamente, qualquer um dos Senhores que estivesse usando esta tribuna não ousaria fazer de maneira diferente esta manifestação, pois todos nós consideramos este servo de Deus, um grande líder e, realmente,  estamos consternados pela sua ausência. Mas o Pastor Nils Taranger, para conhecimento de todos nós, a cada dia que passa, se recupera cada vez mais. Então, essa é a nossa manifestação.

Porto Alegre, o Estado do Rio Grande do Sul,  o Brasil, o mundo agradece a Deus pela vida desses valorosos servos de Deus - e quando me refiro a valorosos  servos de Deus, falo com relação a todos os senhores que estão aqui presentes, representando as mais diversas denominações. Tivemos o cuidado de não nos ater apenas a uma denominação, considerando que existem pastores de diversas denominações. E o objetivo maior é enaltecer o Nosso Senhor, o nosso Salvador, Jesus Cristo, e proclamar o Reino de Deus. Esses que enaltecem o Reino de Deus, com muita certeza, estão, realmente, cumprindo uma missão especial.

Sr. Presidente Ver. João Carlos Nedel, Senhores que compõem a Mesa, Senhores Pastores, irmãos, amigos que estão aqui, nesta noite, hoje, o nosso coração se enche de alegria, porque temos este privilégio, o privilégio de, nesta Casa, homenagearmos o Pastor. O Pastor, que tem no vocábulo Bíblico a mesma raiz da palavra pastagem. Esses termos nos fazem lembrar cenas rurais das tranqüilas pastagens de ovelhas e dos cuidados do desvelado pastor pelo rebanho. Em várias passagens da Bíblia o povo é chamado de ovelhas. E aqueles que delas cuidam são denominados pastores. O Pastor tem a função de alimentar as ovelhas, de guiar, de proteger, de ajudar as ovelhas. Elas estão atentas à sua voz, porque ele é o pastor. Ele as ama e  segue à frente, com o cajado e a vara ele as servem. Que belo quadro do terno ministério de um pastor do povo de Deus!

A seus discípulos, Jesus disse: “Eis que eu os envio como ovelhas no meio de lobos”.

Na realidade, somos pastores de ovelhas. Todavia, ele nos previne de que seremos cercados, nós e elas, por animais perigosos. As ovelhas são atacadas por lobos. Essa é uma advertência acerca das dificuldades que devemos esperar em um mundo tão hostil.

O Pastor é retratado nas Escrituras sob vários aspectos. Os títulos dados ao ministro da Palavra de Deus fornecem-nos um quadro claro da obra e da responsabilidade que lhes compete. Por exemplo, alguns títulos como: Homem de Deus, Mensageiro, Supervisor, O Embaixador de Cristo, Líder, Profeta, Mestre, Servo e muitos outros.

E, nesta noite, meus amados irmãos, eu dizia, junto ao Departamento de Relações Públicas desta Casa, que este momento nosso é singular, especial, em que cada um dos Senhores não está aqui em uma solenidade cheia de programações e de etiquetas. Nós estamos aqui, neste lugar, para proclamar o Reino de Deus, para manifestar a todos que aqui é a Casa do Povo, aqui é o lugar, Sr. Presidente, membros da Mesa, Ver. Adeli Sell, que representa o Prefeito da nossa Cidade.

Nós estamos aqui para manifestar, verdadeiramente, que somos homens de Deus, representando o Reino de Deus aqui nesta terra.

Recordo-me agora de um momento que tivemos aqui nesta Casa com diversos pastores. Cada um deles ocupou uma dessas cadeiras onde os Senhores estão sentados, especialmente onde os Vereadores sentam nos dias de Sessão Plenária; alguns deles ocuparam as cadeiras da Mesa. E eu fiquei sensibilizado, naquela oportunidade, naquela reunião, porque aqueles irmãos que aqui estiveram tinham um único objetivo: o de apresentar a Deus um pedido: que Deus dominasse esta Casa, este recinto, cada uma dessas cadeiras, cada um dos Vereadores que aqui sentasse, cada um dos Vereadores que ocupasse a Mesa.

Aquela equipe de irmãos permearam esse Plenário com o objetivo máximo de aqui implantarmos, realmente, a representação maior do Reino de Deus. Meus irmãos, a cada momento que tenho esta oportunidade, este privilégio de trazer servos de Deus e servas de Deus aqui, fico sinceramente sensibilizado e emocionado.

Hoje estamos com muita alegria, com muita satisfação, com muito prazer, trazendo os Senhores aqui, não  para que haja uma estampa de nomes - eu até preocupo-me quando ouço que existem pessoas preocupadas com essas coisas, pensando que fazemos isso buscando interesses. O interesse que temos quando homenageamos o Pastor dentro desta Casa é proclamar  o Senhor, proclamar o nosso Deus, é proclamar e mostrar para a Cidade de Porto Alegre que existe aqui não apenas políticos, mas  homens e mulheres de Deus para romper com os laços satânicos e, em nome de Jesus, dentro desta Casa anunciar esta palavra com muito poder e com muita graça. Meus amados irmãos, meus queridos, quero vos dizer Deus está presente neste momento, é um privilégio que muitos não estão tendo, é um privilégio que muitos até deixam de lado, mas os Senhores que estão aqui esta noite são as pessoas que, através do grande poder de Deus, dominaram esta Cidade com a vossa presença.

Hoje, no Dia do Pastor, nós não vamos comemorar e não vamos mencionar aqui, evidentemente, o sacrifício, o esforço que os Senhores passam, que também, como Pastor tenho passado, a qualquer hora, a qualquer momento estamos prontos. Mas nós estamos aqui para cravar um marco, para levantar uma bandeira e para dizer o nosso Senhor Jesus vive.

Encerro minhas palavras dizendo: “Toda honra e toda glória seja dedicada ao Pastor dos  Pastores. O sumo Pastor nosso Senhor Salvador Jesus Cristo”. Muito obrigado

(Não revisto pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (João Carlos Nedel): Gostaria de ler uma mensagem que acabamos de receber: (Lê.)

“Tramandaí, 9 de julho de 1998.

Prezado Ver. Eliseu Sabino, agradeço a homenagem que será prestada a nós, Pastores, mas, por razões alheias a minha vontade, não poderei comparecer. Desejo sucesso no desempenho de suas atividades. Sinceramente,  Pastor David Graef.”

 

O SR. PRESIDENTE (Eliseu Sabino): Neste momento, dando prosseguimento a nossa Sessão Solene, concedemos a palavra ao Ver. João Carlos Nedel,  que falará pela Bancada do PPB.

 

O SR. JOÃO CARLOS NEDEL: Sr.  Presidente e Srs. Vereadores. (Saúda os componentes da Mesa e demais presentes.) Srs. Pastores, Senhores Membros das comunidades evangélicas cristãs, colho do Evangelho, segundo Marcos, capítulo 6, uma das mais belas, ternas e comoventes passagens do Novo Testamento, no que diz respeito à relação de Cristo com o seu povo.

Diz o versículo 34 que “ao desembarcar, Jesus viu a grande multidão de povo. E teve compaixão deles, porque eram como ovelhas que não têm pastor” - e teve compaixão deles, porque eram como ovelhas que não têm pastor.

Essa simples e amorosa manifestação de Nosso Senhor, brotada do mais fundo de seu divino coração, permite descortinar toda a amplitude desse termo que, em sua singeleza, tem um grande conjunto de significados, todos eles indelevelmente marcados pelo amor.

Pastor, o guardião de seu rebanho, total, inteiro, sem estabelecer diferenças entre os componentes, capaz de sacrificar-se, sem medir esforços, à procura de uma só ovelha  desgarrada,  por cujo retorno aplica toda a sua vontade, como se fosse a única. E, ao recebê-la de volta, sente a alegria das alegrias e comemora essa volta também com as que não se desgarraram.

Pastor, o pai amoroso e confiante, sempre disposto a servir, a cuidar e a tratar das mazelas individuais e coletivas de seu rebanho. Que ensina a prevenir o erro, mas que o compreende quando é cometido, e conforta quando se torna pesado. Pastor, o trabalhador incansável, que exaure suas forças na dura lida do dia-a-dia e que, muitas vezes, ao recolher-se para o justo e merecido descanso diário, é chamado para prestar atendimento a um doente, a um casal em crise, a uma alma atormentada que sofre.  Esquece então do cansaço, reúne todas as energias que lhe restam e volta ao serviço. E faz isso sempre com o coração cheio de amor, embora sofrendo junto e, muitas vezes, sem saber ao certo de que forma poderá ajudar.

Pastor, o mentor espiritual que crê na palavra de Cristo Jesus como a única verdadeira e que faz, com essa palavra, a semeadura da felicidade e da salvação eterna. Mas o que seria da vida humana sem os pastores cristãos? Seria digna de compaixão - como nos diz o Evangelho -, triste, desarvorada e sem rumo certo - penso eu nesta oportunidade em que prestamos esta homenagem a todos os pastores do mundo pela passagem do Dia do Pastor. Homenagem que é muito mais do que uma simples comemoração pela data, mas um agradecimento que, mesmo solene, não espelha toda a imensidão do que a Cidade de Porto Alegre, o Estado e o País devem aos bem-formados pastores das verdadeiras Igrejas Cristãs. E se dou ênfase à expressão “verdadeiras” é porque, lamentavelmente, multiplicam-se, desordenadamente, neste País, as falsas religiões e os falsos pastores, aproveitando-se da ingenuidade e da credulidade das pessoas que, carentes e sem esperança, entram por qualquer porta que se lhes abra.

Por isso, Sr. Presidente, desejo, em nome da Bancada do Partido Progressista Brasileiro, a qual integro nesta Casa, juntamente com os caros companheiros Vereadores João Antônio Dib e Pedro Américo Leal, mas, especialmente, na condição de Ministro da Eucaristia da Igreja Católica Apostólica Romana, fazer dois cumprimentos.

O primeiro, ao nobre Ver. Eliseu Sabino, pela oportunidade de sua proposição para que esta Casa realizasse esta homenagem que, mais do que um ato simbólico, é o nosso preito de gratidão, em nome da população de Porto Alegre, aos bons e queridos pastores de nossa Capital e do nosso Estado.

E, finalmente, a todos os pastores que são verdadeiramente seguidores e impulsionadores da fé cristã, desejando que um dia, quem sabe mais próximo do que todos esperamos, estejam nossas Igrejas ainda mais próximas, irmanadas pelo mesmo ideal cristão, dissipadas nossas pequenas diferenças e, isto sim, fortemente agregadas em nossas semelhanças. Parabéns. Muito obrigado.

 

(Não revisto pelo orador.)

 

O PRESIDENTE O Ver. Adeli Sell está com a palavra, representando o Prefeito Municipal de nossa Cidade e em nome da Bancada do PT.

 

O SR. ADELI SELL: Sr. Presidente e Srs. Vereadores. (Saúda os componentes da Mesa.) Na nossa Bíblia Sagrada, no Livro de João, Capítulo 10, diz o seguinte: “Jesus o bom Pastor. Em verdade, em verdade vos digo, o que não entra pela porta no aprisco das ovelhas, mas sobe por outra parte, esse é ladrão e salteador. Aquele, porém, que entra pela porta, esse é o pastor das ovelhas”. Mais adiante podemos ler: “Eu sou o bom pastor. O bom pastor dá a vida pelas ovelhas”.

A oportunidade que o Ver. Eliseu Sabino nos dá hoje de fazer essa reflexão com os Senhores e Senhoras, neste momento,  é muito gratificante. É muito gratificante para este Vereador,  representando doze Vereadores do Partido dos Trabalhadores nesta Casa, poder, além dessa representação, representar aqui o Prefeito Municipal que se desculpa por não poder estar presente neste momento, neste ato, como gostaria de estar.

Digo essas palavras a respeito do Pastor e as repito para uma reflexão. “Aquele porém que entra pela porta esse é o pastor das ovelhas”. Aqui temos a ética, o comportamento moral, o exemplo, e é exatamente o pastor aquele que dá, aquele que deve, em todos os momentos, aqueles mais difíceis, mais tranqüilos, de agrura, em qualquer circunstância, em qualquer hora do dia ou da noite ser o exemplo, o condutor e, fundamentalmente, mostrar que o que é mais importante neste mundo é apresentar uma conduta para homens e mulheres, ser exemplo para a humanidade. Isso foi Jesus Cristo, o pastor dos pastores, o guia, aquele que mostra por qual caminho devemos seguir. Às vezes, encontramo-nos em um caminho muito difícil, tortuoso, pedregoso, mas ele tem um destino: aqui é o de bem servir a todos, de irmanarmo-nos, de compartilharmos o mundo, a vida, o pão. E é o pastor que deve, em todos os momentos, não apenas na sua prédica, não apenas na igreja, mas no seu ato, no seu cotidiano, ser esse exemplo, o guia e aquele que entra pela porta, aquele que não usa subterfúgios, aquele que não se utiliza de outras maneiras para chegar e açambarcar. Nós dissemos também, como diz em João: “Eu sou o bom pastor. O bom pastor dá a vida pelas ovelhas”, ou seja, aqui está o gesto da solidariedade, aqui está o gesto da grandeza, aqui está o desprendimento. Aquele que quer ser exemplo deve doar-se. Aquele que quer fazer com que as outras pessoas sigam seus passos, sua verdade, seu caminho, a sua luz deve dar a vida pelas suas ovelhas, assim que fez Cristo.

Assim, nós temos hoje essa luz, esse guia; e neste momento, permitam-me senhores pastores, senhoras e senhores, dizer que, em muito boa hora, o Ver. Eliseu Sabino propõe esta homenagem, um dia em que se possa homenagear o pastor, os senhores, mas também o dia em que nós também podemos homenagear o que nós sempre fizemos, mas de uma maneira especial, aqui nesta Casa, onde, muitas vezes, o debate é acirrado, as Sessões conturbadas, às vezes se usam palavras indevidas, às vezes há até achincalhamento. Mas é um bom momento também para que possamos refletir que devemos, sim, apresentar as nossas diferenças, defender as nossas idéias, mas temos, sem dúvida nenhuma, uma grande idéia a seguir, um grande guia a seguir porque nós todos temos o nosso Pastor, o Pastor de todos nós que nos abre para o mundo, que se doa para nós e nos mostra que, antes de mais nada neste mundo, nós precisamos ter conduta, comportamento, irmandade, solidariedade.

Essas são as palavras que eu gostaria de trazer nesta nossa bela homenagem. Muito obrigado. (Palmas.)

 

(Não revisto pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE: Vamos ouvir um número musical com o Luiz Henrique.

(Apresentação do  musical.)

 

O SR. PRESIDENTE: Queremos registrar a presença do Pastor Amadeu Rocha, de Itapuã; Pastor Daniel do Menino Deus; Pastor Paulo, de Alvorada; Pastor Castro; Pastor Sadi; Pastor Flávio; Pastor Ademir; Pastor Antão. São líderes de nossa Igreja. Pastor Bayar, Pastor Nascimento, Pastor Capeleti, Pastor Ernani, Pastor Alexandre, Pastor Davi, Pastor Ademar Peroti, Pastor Carlito. São inúmeros Pastores, obreiros de nossa Igreja. Os Evangelistas Cecílio, Romário, Lair; Pastor Ari de São Leopoldo.

O Pastor Theodoro Fogaça está com a palavra.

 

O SR. THEODORO FOGAÇA: Sr. Presidente, Srs. Vereadores, em primeiro lugar, quero agradecer a Jesus e agradecer o nosso Pastor Presidente desta Sessão que, honrosamente, tem lançado este convite para estamos juntos. Quero cumprimentar, também, às demais autoridades presentes. Quero agradecer a todos os presentes e a uma das pessoas que jamais estaria ausente nesta cerimonia  que é  o nosso Pastor-Presidente. Eu creio que, no próximo ano, Ver. Eliseu, neste dia, vamos estar com ele junto de nós, trazendo a sua palavra amiga, a sua palavra que nos enche de ânimo e coragem. Esta noite, eu representando, aqui, a Igreja Evangélica Assembléia de Deus e me sinto muito pequeno diante desse grande Plenário, mas como servo de Deus, remido por Cristo Jesus, palmilhando essa caminhada em direção a nova Canaã, me sinto muito feliz  para poder falar em nome da Igreja Evangélica Assembléia de Deus de Porto Alegre. Essa Igreja que vem desbravando, essa Igreja que preenchendo os espaços. Aleluia.

Há um trabalho da Igreja, muitas vezes desconhecido por muita gente, que é um trabalho pioneiro na área social, na área dos carentes. Onde trabalho tenho o meu distrito que representa, aproximadamente, doze congregações entre grandes e pequenas. Nas doze congregações  existem seis pontos de sopa quente que de segunda à sexta-feira estamos fazendo esse trabalho. Diz a palavra de Deus: Dai de graça o que de graça recebeste. É isso que estamos fazendo.

Os problemas são grandes e as dificuldades também  não são menores, mas com a graça de Deus nós vamos vencendo as milhas que estão pela frente. Aleluia, Aleluia!

Quero parabenizar o Pastor Eliseu e dar os meus sinceros agradecimentos por ter se lembrado do Dia do Pastor.

Muitas vezes o pastor é aquele sofredor. Muitas vezes quando muitos estão dormindo o pastor está lá de joelho orando pelo seu rebanho, dizendo a palavra de Deus; os Salmos 126, versículo 5; aquele que leva a preciosa semente, andando e chorando; voltará, sem dúvida, trazendo consigo os seus molhos. Há uma recompensa, irmão, daquele que prega a Palavra do Senhor, daquele que fala do amor de Jesus, aquele que fala do amor de Jesus e não se omite. Mas vai e faz a obra do evangelista. Aleluia! Deus abençoe os demais. Eu vou ficar por aqui.

Quero, mais uma vez parabenizar o Pastor Eliseu por essa iniciativa tão nobre. Deus há de coroá-lo com muitas bênçãos. E sempre que formos convidados, aqui estaremos trazendo a nossa palavra, o nosso carinho para essa gente querida. A todos o nosso sincero abraço e felicitações, em nome de Jesus. Muito obrigado. (Palmas.)

 

(Não revisto pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE: Temos aqui a presença do irmão Luiz Alexandre, Pastor da Igreja a Mensagem; irmão Jardelino, Pastor da Assembléia de Deus Conservadora; irmão Jardelino Alves, Pastor da Igreja Casa de Oração  e o irmão Enor Francisco Costa, Pastor da Igreja Assembléia de Deus.

O Pastor Jesuel Garcia está com a palavra, representando o Ministério da Igreja Evangélica Assembléia de Deus de Madureira.

 

O SR. JESUEL GARCIA: Sr. Presidente, Pastor Eliseu Sabino: demais irmãos e amigos que aqui encontramos, nesta noite. Eu me sinto muito feliz em poder estar aqui, pela primeira vez com os senhores.

Ao ouvir o nobre Pastor que nos antecedeu, eu me sinto mais pequeno do que ele ainda.

Graças a Deus, irmãos, eu meditei no versículo que o nobre Vereador também citou aqui, no Evangelho, segundo São João, capítulo 10 e no versículo 1, a segunda parte, quando diz que o bom pastor dá a vida pelas suas ovelhas.

O mundo em que vivemos é um mundo de muita aflição, com muitas lutas e muito conturbado. Ser pastor, nos nossos dias, não é fácil. Eu, às vezes, paro para pensar nas arenas do passado, quando muitos pastores de ovelhas foram lançados para serem comidos por leões, mortos por touros, aquilo foi dolorido. Mas percebemos que os nossos dias e os que virão serão piores que aqueles dias. Mas temos a certeza que o sumo pastor, Jesus Cristo, está conosco para nos ajudar.

Hoje não estamos aqui, simplesmente, para representar a Igreja  Evangélica  Assembléia de Deus,  Ministério de Madureira ou outras denominações, mas estamos para falar em nome do Senhor Jesus, porque a ele toda a honra, toda a glória e todo o louvor.

Nós somos escolhidos não porque queríamos, pois no próprio Evangelho de São João Jesus disse: “Não fostes vós que escolhestes a mim, mas fui eu que vos escolhi.”. E foi Jesus que escolheu a cada um dos Senhores Pastores, para que continuasse a sua missão aqui na terra.

E num dos seus discursos Jesus disse: “As obras que eu fiz aqui no meu Ministério vocês as farão maiores”. E nós estamos dando continuidade, ainda que nos nossos dias, às vezes, apareçam alguns dizendo ser pastor, mas que, na verdade, são verdadeiros mercenários que mancham o nosso nome e a nossa imagem. Ainda existem homens sérios, homens de Deus. E nesta noite, estamos representando alguns desses homens, em nome do Senhor Jesus.

Pastor Eliseu, Vereador desta Casa e deste Município, parabenizo o Senhor por ter se preocupado conosco e com cada um dos pastores, independente de placa, porque no céu não tem placa e no céu diz: “A  Bíblia que existe é uma cidade em  que as ruas são de ouro e os muros são de jaspe”. Todos aqueles que forem fiéis até a morte terão a vida eterna e herdarão galardão, onde não mais haverá diferenças, tristezas, nem dores, nem guerra, nem fome.

Estou aqui há seis meses e estou amando esta Cidade. O Rio Grande do Sul é um estado bonito, Porto Alegre é uma cidade linda. E tenho amado e tenho visto que Deus ama esta Cidade, há homens sérios aqui trabalhando para que o Evangelho de Jesus Cristo continue sendo anunciado e que as pessoas que estão amarradas, presas, judiadas pelo diabo, pelo nosso arquiinimigo, desde o princípio da criação do homem, seja arrancado de suas mãos, e conheçam também este bom Pastor que deu a vida por elas, um dia, lá no calvário.

Meus prezados, como eu disse no começo, eu me sinto o menor, humildemente, mas me sinto feliz por estar representando aqui, nesta noite, o nosso Ministério de Madureira dentro do Rio Grande do Sul, este Estado que é abençoado por Deus. Muito obrigado.

 

(Não revisto pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE: O Major Wagner Tadeu Gaby, representante do Comando Militar do Sul, e Pastor,  está com a palavra.

 

O SR. WAGNER TADEU GABY: Excelentíssimo Senhor Ver. Eliseu Sabino, Presidente em exercício neste ato Solene, ilustres integrantes da Mesa, Srs. Ministros do Evangelho, prezadas senhoras e senhores.

É dupla a nossa satisfação nesta noite por comparecer a este ato solene. A primeira, pelo fato de cumprir uma determinação ligada a nossa profissão, haja vista, pela bondade do Senhor dos Exércitos estar desenvolvendo uma atividade muito nobre, diga-se de passagem, no Exército Brasileiro, como capelão militar evangélico. O Exército Brasileiro tem um serviço especializado para prestar assistência religiosa e espiritual aos seus integrantes, o SAREX, Serviço de Assistência Religiosa do Exército, constituído por capelães militares católicos e evangélicos. Hoje no Exército Brasileiro, somos sete pastores evangélicos que com tempo integral e dedicação exclusiva ministramos a palavra de Deus a todos os integrantes da nossa Instituição. Também outro motivo de satisfação é o fato de como Pastor estar honrado com os demais companheiros num dia em que se consagra aos que  militam nesta lida.

Dizia da nossa satisfação dupla e é público e notória a importância do papel que desempenha o Pastor no contexto social. Se fizéssemos uma análise, partindo da propositura, da realização dessa Sessão Solene, iríamos de imediato reconhecer a maneira  com que legitimamente desenvolve suas atividades nesta Casa, o Pastor Eliseu Sabino, numa demonstração de que antes de ser um homem público, é um homem de Deus e está honrando o nome do Senhor neste lugar. Mas nós deveríamos também ampliar a nossa análise e agradecer a Deus, porque os demais integrantes desta Casa reconhecem a importância do nosso Ministério, não fosse assim, a propositura desta solenidade não teria o aval da maioria e, conseqüentemente esta Sessão não seria realizada.

Nós louvamos a Deus por este reconhecimento público no Dia do Pastor, pelo trabalho que os milhares de pastores neste nosso País desenvolvem no anonimato, e não se constrangem por isso, porque o nosso Ministério é pautado num princípio bíblico estabelecido pelo Sumo Pastor de que devemos fazer alguma coisa, se fizermos com a mão esquerda que a direita não saiba e vice-versa.

O Pastor é aquele chamado, vocacionado por Deus e que se doa à humanidade, independente de sua agremiação religiosa.

Parabéns ao ilustre Vereador e particular amigo. E apresento, também, ao particular amigo a minha gratidão por ter sido, ainda que numa menor escala, Pastor de meus dois filhos, Cláudia e Eliel.

O Comandante Militar do Sul, recém-chegado a esta Cidade, aquiesceu de imediato do honroso convite formulado pela Presidência desta Casa e nos designou para uma demonstração de que, realmente, as Forças Armadas reconhecem esta tão importante e nobre missão pastoral. Houve por bem aquela autoridade  nos dar a honra para representá-lo.

Gostaria de trazer estes dados: além do Exército Brasileiro que contém, hoje, sete pastores nos seus quadros de capelães militares, a Marinha do Brasil já tem dois pastores que são capelães navais. Cerca de dez Estados da Federação já têm nos quadros das polícias militares pastores evangélicos desempenhando suas atividades de capelães policiais militares.

E não poderia haver uma oportunidade mais singular do que esta  para fazer um apelo aos companheiros de Ministério e aos demais irmãos presentes para que levantemos um clamor diante do Senhor dos Exércitos, neste nosso dia, para que todas as polícias militares do Brasil, especialmente a Brigada Militar do Rio Grande do Sul, possam, brevemente, abrir as suas portas para que representantes do segmento evangélico possam dar a sua contribuição aos valorosos policiais militares deste Estado.

Eu gostaria, aproveitando a oportunidade, de fazer menção sobre um fato verídico ocorrido numa pequena comunidade interiorana: um grupo de pessoas cristãs, alegres com a notícia de que um dos seus representantes, morador daquela localidade, havia vencido um concurso de oratória em nível regional, e de ter elevado a sua cidade em nível regional, resolveu homenageá-lo, oferecendo-lhe um jantar solene. Naquela oportunidade, o orador vencedor, demonstrando a sua gratidão e satisfação pela maneira carinhosa com que estava sendo alvo das homenagens, resolveu brindar os patrocinadores do evento com uma declamação. Sabendo que a maioria dos patrocinadores eram cristãos, com muita alegria, escolheu o Salmo 23: o Salmo do Bom Pastor. Utilizando-se de todas as técnicas da oratória e retórica ele não economizou em tudo o que sabia para declamar o Salmo do Bom Pastor, que começa dizendo: “O Senhor é o meu Pastor, nada me faltará”, e foi até o final, versículo 6 do Salmo 23, o Salmo do Bom Pastor. Ao finalizar a sua declamação, aquele orador, com bastante satisfação, observou que todos os presentes colocaram-se de pé e aplaudiram-no efusivamente, alegres que estavam pela felicidade de escolher aquele salmo, e pela maneira tão eficaz com que o declamou. Como se não bastasse, para surpresa da comissão organizadora, ainda fazendo uso da palavra, o orador sugeriu àqueles organizadores o seguinte: “Gostaria que agora um dos pastores presentes também viesse a essa tribuna e declamasse o mesmo salmo, o Salmo do Bom Pastor”. A modéstia ficou ressaltada naquela proposição, as pessoas baixaram a cabeça, até que um daqueles pastores, observando o excesso de modéstia de seus companheiros em declinar daquela oportunidade resolveu encarar aquele desafio: o cidadão se aproximou da tribuna e todos puderam observar, pela sua maneira simples de saudar os presentes, que ele não conhecia nada, ou quase nada de oratória, muito menos de retórica, e de impostação de voz ele nunca tinha ouvido falar. Mas ele resolveu aceitar o desafio e, com a sua voz rouca, sem muita entonação, iniciou a declamação do Salmo 23: “O Senhor é o meu Pastor, nada me faltará.” Antes mesmo de terminar a sua declamação, todos os organizadores e o próprio declamador constataram que a maioria dos presentes, discretamente, retiraram seus lenços dos bolsos e começaram a enxugar as lágrimas que rolavam por suas faces, tamanha a emoção pela qual foram tomados.

O homenageado levantou-se, se aproximou do pastor que havia declamado o Salmo 23, pediu licença e ele mesmo, quebrando o protocolo, resolveu fazer um esclarecimento a todos os presentes e, ainda com sua voz embargada, tomado de emoção, disse a todos os presentes: “Eu sei que todos vocês estão se perguntando onde está a diferença, uma vez que os dois oradores declamaram o mesmo texto. Quando encerrei a minha declamação, os Senhores, numa demonstração de carinho e satisfação, se colocaram em pé e me aplaudiram pela desenvoltura com que fiz meu trabalho, calcado nas técnicas que eu muito bem conheço e domino. Esse Pastor, que não conhece essas técnicas que eu conheço, fez a declamação do mesmo Salmo e, agora, não só os Senhores, mas eu também, estamos demonstrando, de outra forma, a maneira como ele declamou”.

Quero dizer para todos que não há segredo nem dificuldade em dizer onde está a diferença. Quero afirmar que eu conheço o Salmo do Pastor; agora, ele conhece o Pastor do Salmo. Aí está a grande diferença.

Aproveitando esta oportunidade, quero dizer, como Pastor, o que recomenda o Livro do Profeta Oséias, no Capítulo VI, versículo 3: “Conheçamos e prossigamos em conhecer o Senhor”. Muito obrigado. (Palmas.)

(Não revisto pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE: Neste momento, agradecemos a presença dos componentes da Mesa e de todos os demais presentes.

Convidamos todos para ficarem em pé e pedimos que o Pastor Neri Cabral dirija uma oração a Deus.  Eu penso que é de suma importância realizarmos esta oração que antecede um procedimento normal nas nossas Sessões Solenes, que é o de ouvirmos o nosso Hino Rio-grandense. Agradecemos a Deus por este momento tão importante.

 

O SR. NERI CABRAL: Nosso Deus, nós te agradecemos pelo teu poder de nos reunir nesta noite, nesta Casa, para engrandecer o teu nome. Pedimos que continue a tua benção sobre nós,  o teu povo,  sobre esta Cidade e sobre  esta Casa, que é a Casa do Povo e a Casa de Deus. Pedimos a benção em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Amém.

 

(Executa-se o Hino Rio-grandense.)

 

O SR. PRESIDENTE: Em tempo, queremos agradecer o representante do Prefeito Municipal de Porto Alegre, o Ver. Adeli  Sell.

Damos por encerrada a nossa Sessão Solene. Muito obrigado.

 

(Encerra-se a Sessão às 21h25min.)

 

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